quinta-feira, 20 de agosto de 2015




Não gosto de solidão! Sou como dizem por ai; uma pessoa social ou sociável, gosto de barulho, risos, choros, cantoria….Gosto de gente! Mas a vida tem caminhos estranhos e já há algum tempo “eu sou sozinha”. Percebi o verdadeiro significado de “falar às paredes” e comprovei a dor da solidão.
Quando estou na rua, invento coisas e mais coisas para não voltar para casa, aos menos não tão cedo. Mas a estranheza da vida continua a manifestar-se; eu detesto andar pela rua a toa, não gosto de ver vitrines e acho um saco sentar-me num café para fazer horas. Conclusão: sou sugada para dentro de casa, como um tornado suga tudo a sua volta.
Sei cada canto da minha casa de cor, ando as escuras sem esbarrar em nada, incorporo-me aos móveis e paredes com tal perfeição que as vezes tenho dúvidas de quem é quem.
Isso é só um desabafo em papel, não quero que as pessoas me venham com diagnósticos médicos, com suas experiências, não estou a pedir conselhos. Só estou a dizer que NÃO GOSTO DE SOLIDÃO!
Alfers / Pt 20/08/2015  

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


 
     Inverno
 
O inverno se anuncia
mais do que no tempo,
em minha alma.
Os últimos dias
têm sido cinzentos,
chuvosos e frios.
Apetece-me hibernar
encolher-me toda,
até o sol voltar.
Não tenho forças para reagir
logo eu . . .
sempre preferi o inverno!
 
                     Alfers/ 2012 - PT
 
* Este poema tem autor se for copiá-lo, não oculte o seu criador.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012





Extremos

Por vezes sinto um vazio gigante
Mas parece um diamante

A despenhar num abismo.


Falta-me algo no enchimento
Uns tantos sentimentos
Que não sei pr’onde partiram.


E o vazio vai crescendo
Não encontro argumento

Que o faça regredir.


O céu, é um vazio
A Lua, um lugar frio

Minha alma quer fugir.


Não tenham pena de mim
Não é sempre que estou assim

Só que demora a passar.


Também tenho a outra medida
Em que fico tão preenchida

E vejo tudo a transbordar.
                                               Alfers.    Agosto/2012- PT
Este  poema tem autor, se for copiá-lo não oculte o seu criador.

 

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Amando você

Olhei-te, acho que inclinei levemente a cabeça.
Pensei, “amo tudo neste homem”;
Os cabelos revoltos,
A barba por fazer,
A rugas próximas aos olhos,
Os lábios,
As expressões das mãos,
Olhar de ónix,
O som da voz.
De repente você pergunta: “ Tás a ouvir-me?”
Pisquei lentamente, “ não, estou amando você!”

Alfers - Fev./2012 PT
• Este poema tem autor, se for copiá-lo não exclua seu criador.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010



Acordo. Dormes ainda.
Que fazer se me apetece?
Pego na tua mão
e pouso-a onde estou vivo.
Respiras. Andantino.
As costas para mim. Não resisto.
Os dedos, leves, ensalivados,
Vão à procura do grão, do seu pólen.
Vão e vem, vou e venho.
Beijo-te no ombro. Sorris.
Dormes ainda? Subitamente
Abres os olhos, abres a boca
E debruças-te sobre mim.
O dia principia.

Casimiro de Brito

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PEDAÇOS DE MIM




Eu sou feito de
Sonhos interrompidos,
detalhes despercebidos,
amores mal resolvidos.
Sou feito de
Choros sem ter razão,
pessoas no coração,
atos por impulsão.
Sinto falta de
Lugares que não conheci,
experiências que não vivi,
momentos que já esqueci.
E...u sou
Amor e carinho constante,
distraída até o bastante,
não paro por instante.

Tive noites mal dormidas,
perdi pessoas muito queridas,
cumpri coisas não-prometidas.
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar,
pensei em fugir,para não enfrentar,
sorri para não chorar.
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei,
amizades que não cultivei,
aqueles que eu julguei,
coisas que eu falei.
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo,
lembranças que fui esquecendo,
amigos que acabei perdendo.
Mas continuo vivendo e aprendendo.
- Martha Medeiros -

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Meu Coração



Coração magoado
é como gato escaldado,
difícil outra vez confiar.

Quieto, fechado e isolado
é assim que prefere estar.

Mas para grande surpresa
segue o curso a natureza,
e volta com intensidade pulsar.

Feliz, alegre e dançante
é assim que neste instante, meu coração está.
Alfers/Maio 2010 PT

* este poema tem autor, se for copiá-lo, não oculte seu criador.