segunda-feira, 22 de novembro de 2010



Acordo. Dormes ainda.
Que fazer se me apetece?
Pego na tua mão
e pouso-a onde estou vivo.
Respiras. Andantino.
As costas para mim. Não resisto.
Os dedos, leves, ensalivados,
Vão à procura do grão, do seu pólen.
Vão e vem, vou e venho.
Beijo-te no ombro. Sorris.
Dormes ainda? Subitamente
Abres os olhos, abres a boca
E debruças-te sobre mim.
O dia principia.

Casimiro de Brito