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E você apareceu, outra vez, para mostrar-me que ninguém tem absoluto controle sobre seus sentimentos. Senti-me feliz por saber que estavas bem, mas desesperada por ver-me ainda tão dominada pelo que sinto por ti. Traição! Todos os meus sentidos me trairam; meu coração disparou, minhas pernas tremeram, o calor enrubesceu minha face, meus lábios esboçaram leve sorriso e meus olhos, embora eu tentasse conter, derramaram sentidas lágrimas. Achei que já não iria despertar em mim tais sentimentos, achei que estava segura no envoltório gélido no qual me refugiei. Estava tão certa que já se tornara passado, que fora deposto, que já não me remeteria a solidão d’alma. Tive que encarar minha fraqueza, minha tristeza, minha dor e minha alegria, minha desajustada alegria, louca, sem controle…ah, mas vou prendê-la, ainda que numa camisa de força, mas hei de controlá-la! Quando resolvi que irias sair da minha vida, o fiz consciente do meu ato, pois era fato que já não voltarias, sabia que trancafiava em caixas-pretas o maior amor que senti no verão da minha existência, mas o tinha que fazer, por mim e por ti. Não posso versar sobre o amanhã, prevê-lo ainda menos, mas posso agora dizer que "ainda estou lambendo as feridas" e não vou permitir que se abram outra vez.
Alfers/ Setembro 2008 - Portugal
* Este texto tem autor, se for copiá-lo não oculte seu criador.
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